Gandhi lutou para que as pessoas tivessem o direito de ficar juntas, matar ou morrer? Nunca matar, a escolha dele foi por morrer ( a morte da vontade de matar que é instinto). As reações agressivas humanas que tem por trás uma bondade original. Ter senso de igualdade.
O revolto humano fruto do adoecimento psicológico. Gandhi sugere doação e inteireza. Mas o grande mérito é a capacidade de dialogar com todos os segmentos? Respeito a figura humana, que mesmo quando não fala é capaz de dialogar.
De fato o aro sensibiliza. A linguagem amorosa e acolhedora do corpo, das expressões. E trazer isso para o exercício da nossa práxis cotidiana é essencial. A resignação é a base do aprimoramento. É o rompimento da mente velha condicionada, a saída das prisões interiores. Apologia ao nacionalismo? Isso é fruto do pensamento condicionado que alimenta a estrutura reptiliana do cérebro.
E então Gandhi se liberta... Sem imagem, por isso a roupa, a indumentária.
Ir de encontro ao outro através das percepções. Como fazer isso? Gandhi sabiamente se utilizou da percepção para mudar o rumo da história. Existiram tantos Gandhi: Paulo Freire, Irmã Dulce, Krhisnamurti. Capazes de se desnudar.
Mas não devemos ser subservientes! A subserviência à mente, do pensador que se rende aos ditames do pensamento e que vive o sofrimento de estar preso em suas próprias mazelas. O corpo físico não existe, é desdobramento da essência, instrumento de ação no fenômeno. Não violência, não corrupção.
Para isso, o encontro com seu próprio EU.; Não é fácil essa percepção e a luta dos contrários é intensa nos variados níveis de realidade. Não evidenciar o erro do outro, por que o não se evidencia seu próprio erro. O acolhimento de si, em sentido radical.
Pseudo- inimigos por que não é ele mesmo inimigo, ele é humanidade. Exige a compreensão profunda de serhumanohumanidade. Compreensão da vida que pulsa em todos os seres. Onde não há segregação. Paz e aliança com o divino mesmo, que é acolhimento e unidade.
E o pensamento condicionado não dá trégua, a auto-segregação implica em imposição ao outro. A segregação em qualquer dimensão é violenta. Os iguais/desiguais. Especificidades, pluralidade elencadas a uma idéia de consciência cidadã. Igualar na medida de sua desigualdade. “Grito dos surdos e do silêncio”. Olhar de igualdade, busca de apoios.
A mudança através de um sentido de vida que é capaz de promover crescimento. Crescimento do ser humano a partir da sua própria compreensão de existência. Dar salto na busca de valores, de compreensão de mundo. Quando um cresce, todos crescem.
O diálogo permite o redimensionamento dos pontos de vista a partir de uma escuta amorosa, transformando pelo desenvolvimento pleno do humano. A vivencia cristica da aceitação e da não reação. O amor como forma de ação genuína, decidida na luta das polaridades do indivíduo.
Maioria-minoria, que constroem a história, ouvindo e dialogando plenamente. Ou não... a mobilização do toque, que responde a pergunta inicial. O retorno ontológico é a chave para o diálogo interno-externo.
Grande alma, querer constante, necessidade do sensível. E então teremos efeitos.
O desafio está lançado: quem adentra o labirinto do minotauro?
[1] Produção coletiva a partir da Vivência de Comunicação Dialógica da Transdisciplina Desenvolvimento Humano e Ação Educativa.
Mestrandos em Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social